Imagens mostram como pode ficar o mundo com as mudanças climáticas do aquecimento global.
Os cientistas do clima já avisaram: se nos próximos anos não reduzirmos as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera causadas pelas atividades humanas, sofreremos um aquecimento médio global de 4ºC.
Pode parecer pouco em números absolutos, mas se por menos que isso o corpo humano já sofre delírios febris, imagina o que aconteceria com o gigantesco organismo vivo que é a Terra?
O aumento do nível do mar é um dos efeitos colaterais do aquecimento global que mais preocupam os cientistas. Mantidos os atuais padrões de emissões, a elevação de 4ºC na temperatura tem potencial suficiente para submergir terras que atualmente são o lar de 470 a 760 milhões de pessoas.
É o que mostra um amplo relatório publicado nesta semana pela organização de pesquisa Climate Central, segundo o qual, mesmo que a humanidade faça cortes agressivos nas emissões, o mundo ainda se manterá na rota de aquecer 2°C até o final do século. O teto de 2ºC é o cenário mais “positivo” que nos aguarda, caso os países adotem medidas enérgicas de redução das emissões, a fim de se evitar mudanças climáticas mais perigosas. Pelos cálculos do Climate Central, um aumento de 2º C reduziria o número de pessoas atingidas pela elevação do nível do mar para 130 milhões.
Expectativas
A divulgação desse estudo coincide com o encontro de ministros de mais de 80 países em Paris para encontrar mais pontos em comum antes das negociações climáticas globais que ocorrerão em dezembro. As decisões tomadas durante a Conferência Mundial do Clima terão uma influência forte sobre para qual destes dois cenários o mundo caminhará.
A divulgação desse estudo coincide com o encontro de ministros de mais de 80 países em Paris para encontrar mais pontos em comum antes das negociações climáticas globais que ocorrerão em dezembro. As decisões tomadas durante a Conferência Mundial do Clima terão uma influência forte sobre para qual destes dois cenários o mundo caminhará.
O relatório aponta que a China é a nação em maior risco, com 145 milhões de pessoas vivendo em áreas ameaçadas pela elevação dos mares se os níveis de emissões não forem reduzidos. Esse é também o país que tem mais a ganhar com a limitação do aquecimento global a 2° C, o que limitaria o número de pessoas afetadas a 64 milhões. Há outras 12 outras nações que têm, cada uma, mais de 10 milhões de pessoas vivendo em áreas de risco. Esse ranking é liderado por Índia, Bangladesh, Vietnã e Indonésia.
Alcançar a meta de 2° reduziria a exposição de mais de 10 milhões em cada um destes países, além de beneficiar a maioria dos outros países desse grupo de alto risco, o qual inclui Japão, EUA, Filipinas, Egito e Brasil. O Brasil tem 16 milhões de habitantes em áreas ameaçadas pela elevação do nível do mar causada pelo aquecimento global de 4°C. Se conseguirmos reduzir essa média para 2°C, o número de pessoas ameaçadas cai para 9 milhões.
Em conjunto com o relatório, a Climate Central criou um mapa global interativo e incorporável chamado Escolhas Climáticas, ou Climate Choices.
Imagens
As imagens abaixo foram criadas pelo artista visual Nickolay Lamm com base em dados de mapas do nível do mar da Climate Central. Veja como sete magacidades do mundo ficariam em um cenário de aquecimento de 2ºC e 4ºC.
As imagens abaixo foram criadas pelo artista visual Nickolay Lamm com base em dados de mapas do nível do mar da Climate Central. Veja como sete magacidades do mundo ficariam em um cenário de aquecimento de 2ºC e 4ºC.
Nova York, EUA
Rio de Janeiro
Sidney, Austrália
Mumbai, Índia
Shanghai, China
Durban, África do Sul
Londres, Inglaterra
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Créditos: Web Arcondicionado.
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