Sorvetes para todo mundo
Enquanto as novidades de verão dos fornecedores pipocam nas geladeiras, muitos panificadores continuam perguntando: “Vale a pena produzir sorvetes na padaria?” A resposta é: “Vale muito!”
O verão 2018 promete quando o assunto é a
combinação sorvete e consumidores. A previsão é de temperaturas mais elevadas
para a estação mais quente do ano em relação ao mesmo período do ano passado,
de acordo com as projeções das empresas.
Por isso, os maiores fabricantes já estão com uma série de lançamentos planejados de olho no aumento das vendas. As apostas não são em vão. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes (ABIS), as vendas no verão chegam a aumentar mais de 50% em relação ao resto do ano.
A Kibon, por exemplo, já tem cinco novidades para a principal temporada de vendas da categoria, entre elas ganha destaque o novo tamanho do seu tradicional Cornetto, com 90g, ideal para refrescar e matar a fome na hora do snack. O produto promete ser um hit de vendas nas padarias também pelo preço sugerido de venda ao cliente: R$ 4,00. Além dessa novidade, a empresa lança um picolé de fruta com morango e manga, além do sabor caramelo para
Por isso, os maiores fabricantes já estão com uma série de lançamentos planejados de olho no aumento das vendas. As apostas não são em vão. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes (ABIS), as vendas no verão chegam a aumentar mais de 50% em relação ao resto do ano.
A Kibon, por exemplo, já tem cinco novidades para a principal temporada de vendas da categoria, entre elas ganha destaque o novo tamanho do seu tradicional Cornetto, com 90g, ideal para refrescar e matar a fome na hora do snack. O produto promete ser um hit de vendas nas padarias também pelo preço sugerido de venda ao cliente: R$ 4,00. Além dessa novidade, a empresa lança um picolé de fruta com morango e manga, além do sabor caramelo para
a marca Eskibon
e de novos sabores em sua linha de potes.
Quem também está na linha de frente se
preparando para o verão 2018 é a Nestlé, com novidades para sua marca Gelato,
entre elas a ampliação do portfólio das versões do picolé no formato de cone,
que vão se juntar a alguns de seus lançamentos mais recentes, que são as versões
de chocolates clássicos como Lollo, Sensação e
Serenata de
Amor.
Por sua vez, a Sorvetes Jundiá acaba de
anunciar dois novos sabores em sua família Fascino Collection: o Caramelt e
Churros. O primeiro é um sorvete de massa, resultante
da união de amendoim com flocos
de chocolate e crocante de amendoim, finalizado com cobertura sabor caramelo.
Já o Fascino Collection Churros, como o próprio nome diz, tenta recriar a
famosa sobremesa em uma nova versão. Possui sorvete sabor churros com cobertura
de doce de leite e notas suaves de canela.
Por sua vez, desembarcando do interior de
São Paulo, a Sorvetes Perfetto apresenta aos panificadores e consumidores da
capital paulista o Milkatto, um picolé super cremoso, que, além de ser uma
opção refrescante, é ideal para a sobremesa ou um lanche da tarde. O produto,
com 53g e sabor 100% de leite, é muito saudável e promete
agradar a galera fit: com
apenas 100 kcal, contém menos sódio e mais fibras do que um copo com 200ml de
leite desnatado. Além disso, o sorvete é isento de glúten, o que
faz dele uma ótima opção de doce
para quem tem alergia ou intolerância ao componente.
FABRICAÇÃO NA PADARIA
Embora os resultados de 2017 ainda estejam
disponíveis, o consumo de sorvetes vem crescendo no Brasil. Ainda é muito
prematuro afirmar um crescimento expressivo, mas, segundo um levantamento
encomendado pela ABIS e realizado pela Global Data apontou que foram consumidos
mais de 1 bilhão de litros de sorvetes e o consumo
per capita foi de 4,86
litros/ano em 2016, com faturamento do setor acima de R$ 12 bilhões.
Na esteira desse desenvolvimento, muitos
panificadores se perguntam se vale ou não a pena investir na produção artesanal
de sorvetes dentro de suas padarias. E a resposta é: “Vale a pena, sim! E
muito!”. Com a evolução tecnológica no setor, muitos mitos – que antes eram considerados
como “barreiras”, fazendo os panificadores torcerem o nariz para a ideia –
acabaram caindo por terra.
Para começar, hoje, diferentemente do que
acontecia antes, não é mais necessário, por exemplo, manter uma sala
refrigerada e segregada na área de produção do estabelecimento só para
fabricá-los. Em vez disso, produtos como gelatos – que são aqueles sorvetes
famosos por possuírem um sabor típico, fresco, agradável e delicado,
além de textura definida, macia
e cor natural – podem ser fabricados bem à vista do cliente, na própria área de
vendas por uma máquina de fácil operação (e, por conta disso, sem a necessidade
de funcionários especializados), num espaço pequeno e charmoso da padaria,
formatado como uma “Ilha de Sorvetes”.
Existe o mito, também, de que o
equipamento é caro. Naturalmente, implantar o sistema exige um investimento inicial,
mas que é rapidamente absorvido e compensado
pela alta margem de venda do gelato.
“Com a nossa nova produtora Ready, capaz de produzir quatro quilos de gelato
com até 12 sabores em quatro horas, a produção
de um quilo do sorvete sai por
R$ 4 para o panificador, sendo que 100g dele podem ser vendidos ao consumidor por
até R$ 10. Ou seja, ele produz o quilo por R$ 4 e vende
por R$ 100”, explica Fabrício
Carvalho, gerente de Vendas e Pós-vendas da Carpigiani, líder, no Brasil, do
mercado de maquinaria para a elaboração de sorvetes artesanais,
conhecidos como sorvetes
italianos.
Outra informação importante dada por
Fabrício, é que praticamente todas as matérias-primas para a produção de gelatos
estão à disposição na padaria. “O leite e o creme de leite, que são os
itens de maior consumo, o panificador tem facilmente à disposição na casa. Ele
pode fazer o reaproveitamento das frutas, usando aquelas mais maduras na
produção e evitando, assim, o desperdício de alimentos. E, aí, o que ele vai
precisar comprar será apenas o ‘neutro’ – que é uma base para dar estabilidade
ao produto – e os saborizantes”, detalha o executivo da Carpigiani.
Fabrício aconselha os panificadores que
quiserem entender melhor o funcionamento do processo a visitarem a padaria
Primícia dos Pães, no Jardim Prudência, onde a
Carpigiani implantou
recentemente uma “Ilha de Sorvetes”, num espaço reduzido, com apenas 24m2, e
que está dando um verdadeiro show de lucratividade. “Nós cuidamos
e entregamos o projeto completo
para o panificador, com máquina, vitrines e acessórios para produção dos gelatos”,
faz questão de registrar.
FAÇA A MELHOR SELEÇÃO
A escolha do tipo, ou dos tipos, de
sorvete que o panificador vai colocar em fabricação em sua padaria também conta
muito nessa hora. Por exemplo, o sorvete tradicional é feito à base de leite,
corantes e aromatizantes, tornando a opção mais calórica e gordurosa. Por sua
vez, os sorvetes de massa são produzidos em grande escala, e é necessário
utilizar componentes de longa duração para eles chegarem aos balcões
refrigerados sem perder a qualidade, mantendo também
uma maior durabilidade.
Já a fabricação dos já mencionados gelatos,
deve ser feita com ingredientes frescos, tais como frutas e creme de leite,
leite, entre outros. Tudo isso, para que derretam
lentamente em forma de líquido
com a aparência da mistura original (sem separações de fase) e tenham
minúsculos cristais de gelo agradáveis ao paladar. Assim, precisam
ser servidos numa faixa de
temperatura bastante específica, entre -12°C e -14°C, o que implica fabricá-los
sempre em pequenas quantidades, expondo-os em vitrines com objetivo de
vendê-los no mesmo dia, no máximo, até o dia seguinte.
Por sua vez, o sorbetto é 100%
natural, feito à base de água e sem gordura adicionada, porém não menos
saboroso. A preparação realça os sabores dos ingredientes, sem a intervenção do
leite. É uma ótima opção para os que não consomem produtos de origem animal,
como os veganos, e também para os consumidores intolerantes à lactose. Um fator
positivo e que merece destaque é que na padaria todos eles ainda podem
constituir acompanhamento ideal para outras receitas oferecidas na casa, tais
como petit gateaus, brownies e crepes.
TENDÊNCIAS E OPORTUNIDADES
Por fim, é importante registrar que o
hábito e a forma de consumir sorvetes estão mudando muito entre os brasileiros.
“Em termos de tendências, estas continuam sendo os sorvetes premium,
aqueles diferenciados. Sorvete com foco funcional, por exemplo, também é uma
tendência mundial. Trabalhar com frutas do Brasil também é uma ótima
oportunidade. Há uma grande
diversificação no mercado. As sorveterias e gelaterias vão muito atrás do
lançamento de novos produtos. Quanto ao negócio, já tivemos um nicho
das iogurterias, das
paleterias... Não tem como definir. As gelaterias, por exemplo, são uma
tendência, mas que vão continuar em alta. O brasileiro começou a gostar do gelato
e entender que a qualidade do produto é fundamental”, argumenta Eduardo
Weisberg, presidente da ABIS.
Então, a principal dica que fica para o
empresário de panificação é que ele acompanhe toda essa movimentação e essa
mudança na população, mantendo nelas um olhar fixo. “Acompanhar as tendências e
escolher o mercado que quer atingir: é com isso que o empresário consegue direcionar
o seu negócio. Temos vários cursos específicos no mercado que podem ajudar o
empreendedor. Não adianta pegar um dinheiro e simplesmente abrir um negócio. É
necessário estudar bem o mercado. E outra coisa muito importante também é o timing
do negócio: o ideal é o empreendedor preparar a empresa no inverno e a
abrir a sua oferta de sorvetes a partir de setembro, para aproveitar o pico de
vendas do verão”, deixa a dica Weisberg.
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Até a próxima!
Créditos: IPC Digital
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