Aquecimento global ameaça 1 bilhão de pessoas sem refrigeração no mundo



     Mais de um bilhão de pessoas estão ameaçadas pela falta de ar condicionado e refrigeração para refresca-las e preservar alimentos e remédios, à medida que o aquecimento global provoca temperaturas mais elevadas, mostrou um estudo realizado no dia 16 de julho.
     A demanda maior e eletricidade para geladeiras, ventiladores e outros aparelhos vai agravar a mudança climática provocada pelo homem, a menos que os geradores de energia troquem os combustíveis fósseis por energias limpas, segundo o relatório do grupo sem fins lucrativos Sustainable Energy for All.
     Cerca de 1,1 bilhão de pessoas da Ásia, África e América Latina – 470 milhões em áreas rurais e 630 milhões de moradores de favelas nas cidades – Correm riscos em meio aos 7,6 bilhões de habitantes do planeta, segundo o estudo.
     “A refrigeração se torna cada vez mais importante” por causa da mudança climática, disse Rachel Kyte, chefe do grupo e representante especial do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Energia Sustentável para todos, a Reuters.
     Em uma pesquisa de 52 países, os mais ameaçados incluíram Índia, China, Moçambique, Sudão, Nigéria, Brasil, Paquistão, Indonésia e Bancladesh, de acordo com o relatório.
     “Temos que proporcionar refrigeração de uma maneira supereficiente”, disse Rachel. As empresas podem encontrar grandes mercados, por exemplo desenvolvendo aparelhos de ar condicionado de baixo curto e alta eficiência para vender parar as classes médias crescentes de países tropicais.
     E soluções mais simples, como pintar telhados de branco para que reflitam a luz do sol e reprojetar edifícios para que permitam a liberação do calor, também ajudariam.
     A agência de saúde da ONU diz que o calor ligado à mudança climática deve causar 38 mil mortes adicionais por ano em todo o mundo entre 2030 e 2050. Em maio, durante uma onda de calor, mais de 60 pessoas morreram em Karachi, no Paquistão, quando as temperaturas ultrapassaram os 40 graus Celsius.
     Em áreas remotas de países tropicais, muitas pessoas não têm eletricidade e as clínicas muitas vezes não conseguem armazenar vacinas e medicamentos que precisam ser refrigerados, segundo o estudo, e em favelas o fornecimento de energia muitas vezes é intermitente.
     Além disso, muitos agricultores e pescadores não tem acesso a uma “cadeia fria” para preservar e transportar produtos para marcados. Peixes frescos estragam em questão de horas se forem guardados a 30 graus Celsius, mas se mantém comestíveis por dias quando resfriados.



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Créditos: Uol | www.noticias.uol.com.br

    

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